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 VAMOS FALAR DE YAOI

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Mika
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VAMOS FALAR DE YAOI Empty
MensagemAssunto: VAMOS FALAR DE YAOI   VAMOS FALAR DE YAOI EmptySáb Ago 23, 2008 8:21 pm

pronto, antes de começarem a me tacar pedras XDDD eu kero dizer q isso naum é um tópico sobre algum mangá yaoi específico, mas sim sobre o motivo pelo qual as japonesas, e tbm as ocidentais, gostam tanto assim de yaoi
à algum tempo atrás, eu li um artigo de uma psicóloga explicando a razão pela qual as garotas gostam de yaoi. Infelizmente eu naum sei onde está essa matéria, mas fuçando a net, acabei achando um outro

vou colocar uns pontos ake


O ideal de beleza andrógina, no qual já toquei quando citei o filme Tabu, não foi inventado pelas autoras de shoujo mangá, ela simplesmente existe dentro da cultura japonesa. Lá, o belo está associado à delicadeza, ao equilíbrio, às coisas pequenas, aparentemente frágeis. O bishounen (menino/rapaz bonito) já parecia atraente, tanto aos homens quanto às mulheres, há séculos. Aliás, não raramente, mesmo em produções shounen, nós temos esses ideais materializados em algumas personagens. Isso sem falar que a beleza andrógina, com ou sem sugestão homoerótica, está cada vez mais presente no Ocidente, e isso, desde muito antes da “invasão cultural japonesa”, com cantores como David Bowie e Boy George, ou mais recentemente, em filmes como “Entrevista com o Vampiro” ou atores ídolos teen como Leonardo Di Caprio, podendo ser identificado também nos outdoors de qualquer grande cidade.


Outra característica muito marcante do yaoi (no shonen-ai isso não é regra) é a presença de duas personagens arquetípicaas, o uke e o seme. Trocando em miúdos – e me corrijam se o japonês não estiver correto – uke vem do verbo “ukeru”, receber; seme vem do “semeru”, atacar. Em uma história yaoi clássica existe sempre o seme que é, mais alto, forte, e determinado e que toma de assalto – muitas vezes usando de violência – o uke que seria menor, mais delicado, submisso até, e profundamente apaixonado(1). Essa questão de maior ou menor, funciona como um cânone dentro dos mangás, assim, em pares hetero ou homossexuais sempre deve haver diferença de altura



Esse tipo de relacionamento me lembra um pouco aquele que parecia ser comum na Grécia clássica. Durante o processo de educação, o jovem (eromenos) ficava sob os cuidados de um cidadão mais velho (erastes). Entre eles se estabelecia uma relação homoerótica, onde o maior tinha um papel ativo e o menor passivo. Essa forma de relacionamento também era considerada como superior aquela entre homens e mulheres.

Qualquer um que tenha mínimo conhecimento sobre relacionamentos homoeróticos sabe que não existe essa rigidez na vida real. Talvez exatamente por isso, os homossexuais japoneses não se identifiquem com o material yaoi que não é nada mais do que a construção idealizada que meninas e mulheres fazem do universo homossexual. Aliás, não somente sobre ele mas, também, sobre as amizades extremadas entre homens e o seu mundo de companheirismo que parece excluir as mulheres. Interessante é que exatamente por causa desse suposto companheirismo e amizade “até a morte” vendido aos montes pelos shounen mangá – em especial o material Shonen Jump – que muitas autoras e leitoras de yaoi terminam por identificar o amor entre homens como superior à todos os outros.




algumas explicações – isso porque não existe somente uma – para o sucesso das histórias shounen-ai e yaoi entre as japonesas. Uma delas seria a de que os romances shounen-ai representam um relacionamento mais eqüitativo entre homens e mulheres, pois sendo ambas as personagens masculinas – pelo menos em relação ao espaço que ocupam – gozariam de total liberdade para expressar seu amor, o que em uma sociedade como a japonesa nem sempre é possível, principalmente para as mulheres. Logo, para muitos estudiosos, esses mangás seriam representações dissimuladas de relacionamentos heterossexuais, ou mesmo lesbianos.

Outra explicação é a de que reforçariam uma idealização de romances com características não-agressivas, isto é, as meninas aprenderiam sobre os relacionamentos amorosos sem os riscos de violência ou gravidez indesejada, pois eles seriam protagonizados por homens. Daí, a representação andrógina das personagens quase sempre desprovidas de características masculinas secundárias como a barba, a abrandamento dos traços agressivos de algumas personagens shounen a ponto de ser difícil reconhecê-las de cara em alguns fanzines yaoi. Fora isso, o yaoi (e o shonen-ai, em certa medida) dão vazão às fantasias sexuais femininas japonesas, ao contrário do que se vê no material hentai que é feito por homens e para homens. Alguns autores apontam ainda que através dos mangás yaoi as meninas e mulheres estariam se libertando do fato de serem mulheres – pelo menos enquanto durar a leitura – podendo viver romances que não teriam como obrigatório final o casamento – e provável esfriamento da relação – e seus muitos deveres(2). Daí duas idealizações correntes: o amor homossexual é superior ao amor heterossexual por ser mais livre e os homossexuais seriam os companheiros ideais para as mulheres, pois seriam mais compreensivos e amorosos.



bom qm tiver paciência pra ler
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